sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

De que são feitas as pessoas

De que somos feitos afinal, segundo a medicina nosso corpo é constituído basicamente em sua maioria de água, nunca entendi isso direito, será que a pele e os músculos seguram toda essa água, também biologia nunca foi meu forte mesmo. Recentemente recebi um e-mail que me fez refletir bastante a esse respeito, porque afinal tem tantas coisas envolvidas nesse contexto ( adoro essa palavra contexto). Acontece que essa “reflexão” se é assim que podemos chamar, ficou aqui dentro do meu pequeno cérebro envolvida em um caleidoscópio de idéias (puta que pariu, eu odeio ideia sem acento).Idéias “Penso, logo existo”. Será que é isso somos feitos de ideias e o pior será que somos feitos de ideias sem acento.


Tá bom então chega de filosofar, pois não tenho tempo para isso, a bateria do not está acabando,e tem um filhotinho de gato pulando no teclado a todo instante, estou com vontade de dar uma voadora nele, mas sou professora e não enfermeira, aliás do que será que é feita aquela monstra?. Então cheguei a tantas conclusões que a minha confusão só fazia aumentar. Vou deixar bem claro que não vou entrar na parte fisiológica da coisa, pois gosto de falar sobre pessoas, aliás, gosto mais de falar sobre a minha filha, só que não é o caso agora.


Hoje deixei de lado as preocupações com o meu futuro totalmente modificado e observei algumas pessoas, elas são minhas cobaias prediletas (MEU , O GATO TÁ FODA, AGORA ELE ENCOSTOU A CABEÇA NO MEU PULSO ESQUERDO, ACHO QUE ESTÁ FAZENDO DE TRAVESSEIRO, NÃO ENTENDO NADA DE GATOS, E ISSO ME FAZ ESCREVER BEM MAIS DEVAGAR).

As pessoas são feitas de tantas coisas, são feitas de culturas, de sotaques, de manias, de saberes, são feitas de religiões, de extremismo, de verdades, mentiras, são feitas de medo e do seu antônimo, preconceitos, senso comum, tá ai uma coisa que eu acho que todos nós somos feitos, senso comum, pois se não cairmos no tal do senso comum, seremos considerados antissociais, revoltados, diferentes,” gostamos de chamar a atenção”. Como não cair no senso comum se nós somos o produto do meio e o meio é o mais comum para nós. Complicado né? Mas complicado que isso só as relações desumanas, mas isso eu já desisti de entender, apenas viro a página, mudo de canal, saio de perto, corro para o mais longe que puder, mas se não posso correr eu luto.


Sou uma lutadora nata, aprendi a lutar por mim mesma já na barriga da minha mãe, que de tanto sofrer não queria uma menina, nasci boazinha, “olhos tão azuis que dava até agonia”, depois quando não precisei mais deles, eles mudaram para verde, pois é aprendi a me camuflar desde cedo, precisei ser fraca, ser forte, corri várias vezes, quando foi preciso, aliás, eu adoro correr, quando eu era criança, além de querer ser psicóloga, engenheira arquiteta freira eu queria ser corredora, corria mais rápido do todas as crianças da minha época, sempre amei correr. Acho que vou desistir de descobrir do que as pessoas são feitas, pois ficarei ainda mais confusa que antes. Mas eu sei do que eu sou feita, sou feita de amor, um grande e verdadeiro amor chamado Sofia, sou feita de um monte de defeitos, e de qualidades também, sou feita de mágoa, apesar de tentar, às vezes também faço magoar, sou feita e refeita todos os dias da minha vida, mas acima de tudo sou feita de verdade. A minha verdade? Talvez... É acho que é a minha verdade e sem ela eu não vivo, sem ela eu não respiro, não consigo nem se quer olhar-me no espelho e é por isso que eu a persigo, as vezes como uma louca que persegue o seu algoz invisível, é acho que sou feita de coisas assim. “De onde eu venho é assim"


Sabe de uma coisa, desisto de descobrir do que são feitas as pessoas, nós já temos tanto trabalho com nós mesmos, para quê , tentar entender o mundo e suas verdadeiras e grandes mentiras, se eu sou muito mais feliz com as minhas verdades... E chega de prosa que essa conversa tá ficando meio assim filosófica por demais.
Monique Garcia

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